domingo, 15 de março de 2009


WebQuests: oportunidades para alunos e professores

As webquests apresentam-se como uma forma alternativa de desenvolver aprendizagens. Alicerçada num número infindável de recursos presentes na Internet, a webquest define-se como uma “aventura na rede” com conteúdos estruturados e adaptados a um público. Uma actividade deve ser escolhida em função do(s) sujeito(s) da acção. Neste sentido, a webquest deve adequar-se às competências adquiridas e assimiladas pelos alunos ao longo do seu percurso escolar . Daí, a linguagem e exigência serem ajustadas aos alunos de forma a estimular a acuidade analítica e o sentido crítico ao nível da análise, síntese e avaliação. Embora com a preocupação de ajustar a complexidade da tarefa, conteúdos e estratégias ao seu nível desenvolvimental, deve, sempre, criar algum conflito cognitivo. Além de orientar o aluno na pesquisa e organização de conhecimentos, são desafios constantes quer para o aluno quer para o professor. Por isso, a webquest tem vindo a ser integrada na formação inicial e contínua, uma vez que implica um domínio sobre um determinado conteúdo, mas também o desenvolvimento e combinação de três vertentes no processo ensino/aprendizagem: a pesquisa de recursos; o repensar da aprendizagem como construção e pensamento de nível elevado; e, a utilização da tecnologia.
Uma webquest é caracterizada por: uma introdução (apresentação e contextualização do tema); uma tarefa (exequível, interessante, cativante e que solicite a análise, a síntese, a avaliação, a resolução…); pelo processo (apresentação e estruturação das etapas, fontes e ferramentas para organização da informação); uma avaliação (especificação dos critérios para o desempenho e objectivo - a aprendizagem pressupõe um retorno, um feedback dos resultados); e, ainda, uma apresentação de informações necessárias e exclusivas para o professor utilizar na sua plenitude a webquest. Como referi anteriormente, a construção de webquests na formação de professores, tem um papel preponderante na introdução de novos conteúdos e na sensibilização de novas abordagens a serem integradas na experiência educativa. Daí evidenciarem múltiplas potencialidades quando aplicadas na prática educativa, apresentando-se como oportunidades para alunos e professores - uma webquest é auto-suficiente, promove a dinâmica de grupo, fomenta o pensamento crítico e de nível elevado, e a aprendizagem autónoma e responsável. Todas estas questões justificam a sua introdução em muitos estabelecimentos do ensino superior, como se pode constatar pelos estudos realizados. Trata-se, fundamentalmente, de rentabilizar os recursos e, através da sua utilização, motivar os alunos e professores para uma nova forma de aprender e de ensinar!

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